23 de jun. de 2009

Cores



Na união de cores vivas

Todas elas parecem desprevinidas

Mas atraem o primeiro bobo que passa

Não se contem e segue toda aquela massa

Algo maior que a liberdade buscada a cada dia

Atrai, constroi, envolve e prende o olho curioso nervoso

Pode não trazer paz, calma mas olha o que há de alegria

E é tal felicidade que revigora qualquer idade

Pela graça que a tal cor traz

Os risos farão a paz


Léo Amorim

21 de jun. de 2009

Quando você pára




Quando você pára,

Você não pára mais de parar

Se deposita em tudo e em si

Continua estático de chorar

Há de se erguer sobre ti

Roubar sua própria alma

Desempoeirar teu fôlego

Se preciso bata palma

Mas recomece a andar

A se reerguer sem parar,

Sem parar para parar


Léo Amorim

19 de jun. de 2009

Acabar Poesia


A voz que se cala

Quando a alma dispara

Mais um que se estende no chão

E outros tantos a se ajoelhar

Todos chorosos a rezar

Perda desigual de compaixão

Criando uma floricultura de perdão

Onde não há água nem pão

E de partir qualquer coração

Mas mantenha-se de pé

Espinha dorsal com fé

Pa ta ti pa ta pa

Aqui vai acabar


Léo Amorim

17 de jun. de 2009

Fecho Claro das Aguas



As aguas simples vagam
Vagam, Vagueiam, vadiam
Assim como a mente fulgaz
Fulgaz, fogosa, sem paz
Mas aquietada ao ver as aguas do mar
Simples, complacentes em seu fecho claro
Claro, escuro, obscuro, sem futuro
Apenas presente, coisa vivida
Construida, montada e habitada
Pela mente fulgaz, agora munida
Com a paz que o fecho claro lhe traz

Léo Amorim