25 de nov. de 2009

Nada...


Isso tudo aqui não quer dizer nada

Mas nada mesmo, e nem vá na esperança

De que no final de nada haja algo de ponderância

Que te faça sorrir como uma redundância

Do que já disse: Não há nada, não é nada

Mais ainda assim insiste e está a ler

Nada...pare e veja o seu lazer é de se retorcer

Curioso!Mesmo sabendo que não há nada

Do nada, para o nada, com nada

Isto resume o ciclo de vida do humano

Que espera algo mesmo sabendo que é nada

Eu disse: “não é nada”...


Léo Amorim

Vazio


Já não se encontrava no sonho de ontem
Nem ao menos no de amanhã
Eis que acha ter encontrado uma solução
Parou para sonhar dentro do presente
Mas era tão vago e vazio
Que se desfez como sal e sumiu.
Léo Amorim

Se Joga...


Se joga no escuro

mas não se permite

Em se perder, esquecer do limite

Aos poucos vai perdendo

Algo que se esconde fora dele

Turvo em meio águas limpas

Difuso no céu mais azul

Está triste isso se reflete em sua pele

Pois desta vez o escuro se joga nele


Léo Amorim

É Fluxo


É fluxo como aquela nuvem ali

Derrete em sua alma

Congela sua cabeça

Faz de sua espinha cama

É um poder sacana

Rompe sua escama

Mas é doce como caldo de cana

Não há como explicitar

E sempre vai lhe enclausurar


Léo Amorim

Instantes


Ó Vida que passa refletida na janela...
Instantes de uma pequena viagem
Risos chorados e lágrimas abraçadas
Guerras interiores em uma paz declarada
Instantes...de uma pequena vida
Nostalgia até da própria saudade
Instantes... de uma sintonia de verdade

Léo Amorim

Amores Sujeitos


Amores Sujeitos

Feitos de papéis e canetas

Refeitos por teclados e letras

Páginas desfoliadas a dedo

AH! Mas esse tal sujeito

Só jeito, sem jeito

Truculento, remelento

Só lamento por ser lento

Amor sujeito

Sujo no peito

Apoiado no parapeito

Parando o peito

Esse sujeitado

A se sujar também

De ninguém tão bem


Léo Amorim