28 de jul. de 2011

Um Circo



Tudo é um circo de tom

Passa percebendo o que tenho em mim

Se exorbita sem som

Apenas sinto melancolia

Ardente como uma doce dança

Ao menos que os meus olhos

Voltassem a brilhar como criança

Brincando em tudo que vê

Criando o que bem entender

E partir consciente para o que não sei

Mas com o olhar infantil lá chegarei


Léo Amorim

20 de dez. de 2010

"Algo que contamina"


Algo que contamina

O bem que espalha a alma

Que nos encaixa em um só

Nós faz ser mais cientes do poder

Do que é

um só de todos

Quão gratificante (é) felicidade alheia

O brilho no olhar do desconhecido

Sendo cada qual o que outro teria sido

Sem ser, já sendo o que será.

Léo Amorim

24 de out. de 2010

"Desperto"


Ando tomando café por aí

Por ventura e sem caso

Para despertar quem sabe?

Para que eu desabe

De um sonho que virou de perto

Será este um sonho de esperto?

Ou um sonho de espeto ?

Não era desperto?


Léo Amorim

Ã?


Pontos luminosos brilham ali em cima

Logo aqui no morro da esquina

Espera dois ou três furtivos sons

Da poesia que não haverá fim

Escreverei até o enfim do infinito

Se é que é possível, até ficaria bonito

Não a razão muito menos sentido

No que vai sendo escrito

Mas tenho uma convicção

Que no final te fará pensar

Pois há algo de coerente

Basta olha da sua janela

E ter a mesma visão

Com chá de canela

Deitado no chão

Comendo pirão

Se vão

É sã

Ã?

"Ser Sozinho"




Ser sozinho é assim bom

Com Powell a dedilhar na vitrola

Pessoas rindo lá fora

Alegrias, epifanias, cacofonias

Não há com o que se desiludir

Mas um gole no vinho aqui no meu canto

Escrevo mais uma vez e vem

O que há Parati também

Além de inspiração, poder e sedução

Este quarto do pânico de arte

Refugio onde me deixo parte

Silencio de frade

Sou pura falsidade


Léo Amorim

24 de fev. de 2010

Viajantes Mortais


Alguns descem no caminho

Outros apenas voltam paro o ninho

Poucos contam suas histórias

Sem alguma vitória

Ao contrario de muitos

Que cantam cada gloria

Para mim todos iguais

Para a morte simples mortais


Léo Amorim

25 de nov. de 2009

Nada...


Isso tudo aqui não quer dizer nada

Mas nada mesmo, e nem vá na esperança

De que no final de nada haja algo de ponderância

Que te faça sorrir como uma redundância

Do que já disse: Não há nada, não é nada

Mais ainda assim insiste e está a ler

Nada...pare e veja o seu lazer é de se retorcer

Curioso!Mesmo sabendo que não há nada

Do nada, para o nada, com nada

Isto resume o ciclo de vida do humano

Que espera algo mesmo sabendo que é nada

Eu disse: “não é nada”...


Léo Amorim

Vazio


Já não se encontrava no sonho de ontem
Nem ao menos no de amanhã
Eis que acha ter encontrado uma solução
Parou para sonhar dentro do presente
Mas era tão vago e vazio
Que se desfez como sal e sumiu.
Léo Amorim

Se Joga...


Se joga no escuro

mas não se permite

Em se perder, esquecer do limite

Aos poucos vai perdendo

Algo que se esconde fora dele

Turvo em meio águas limpas

Difuso no céu mais azul

Está triste isso se reflete em sua pele

Pois desta vez o escuro se joga nele


Léo Amorim

É Fluxo


É fluxo como aquela nuvem ali

Derrete em sua alma

Congela sua cabeça

Faz de sua espinha cama

É um poder sacana

Rompe sua escama

Mas é doce como caldo de cana

Não há como explicitar

E sempre vai lhe enclausurar


Léo Amorim

Instantes


Ó Vida que passa refletida na janela...
Instantes de uma pequena viagem
Risos chorados e lágrimas abraçadas
Guerras interiores em uma paz declarada
Instantes...de uma pequena vida
Nostalgia até da própria saudade
Instantes... de uma sintonia de verdade

Léo Amorim

Amores Sujeitos


Amores Sujeitos

Feitos de papéis e canetas

Refeitos por teclados e letras

Páginas desfoliadas a dedo

AH! Mas esse tal sujeito

Só jeito, sem jeito

Truculento, remelento

Só lamento por ser lento

Amor sujeito

Sujo no peito

Apoiado no parapeito

Parando o peito

Esse sujeitado

A se sujar também

De ninguém tão bem


Léo Amorim

31 de out. de 2009

Não importa (madrugada 29/10)

Não escrevo textos normalmente, aliás o único texto presente aqui no blog nem é meu.
Foi apenas compondo este blog de poesias minhas, enfim.
Apenas passo neste momento pra escrever sentimentos que a madrugada nos traz.
Aqui estou eu com projeto pra ser entregue hoje mesmo e quem disse que entregarei? (isso foi apenas um comentário pertinente).
Fiz 20 anos ontem (ainda não dormi então ainda é dia 29/10 pra mim) e o que percebi é que cada vez mais perdemos aquele brilho e vontade dos olhos.
Deixamo-nos ser talhados conforme nosso ambiente nos quer, deixamos de ser livres em nossas escolhas, apesar de pensar que temos várias delas, mas pare pra pensar que elas são escolhas já prontas, feitas pelo que nos cerca.
Isso tudo envolve tanta coisa que nem me interessa mais, estou começando a matar a importância das coisas e de mim, pois este talvez seja o único modo de se encontrar livre de verdade, o que realmente é MUITO difícil, e como é complicado. Já estou me prendendo por estar aqui escrevendo algo, pois isso significa que ja estou a dar importância a isso. Vê como é ardiloso esta trama que nos envolve e nem percebemos, mas já não importa. E cada vez que não se importar vai sentir um frio na barriga, pois sua razão que nos manter com a importância e quando sente perder aquilo lhe causa uma sensaçao estranha.
Enfim, comecei lá parei aqui e acho que nada disse, mas já não importa.

Beijosseliga

3 de set. de 2009

Futilidade I


Andando na praia de sol
Dá vontade até de queimar um paiol
Até se passa o dia bem...
Vendo buracos em peles de gorduras
Na noite feita de confeites de feiuras
Palavras futéis começam a irritar
Incomodam até parar e eu começar a falar
Especular, retrucar, me falta até ar
Pois a falta de falar deveria se preservar
Em tal momento que o silêncio seria melhor
para as pessoas se conhecerem e deixarem de sentir dor
E se verem de verdade sem histórias a lhes refletir
Do que deveras deveriam sentir
Se tornam vazias
Sem regalias
Morrem frias

Léo Amorim

22 de ago. de 2009

Pegarás o que precisa


Pegarás o que precisa

Andarás ao que te limita

Falarás o que te opõe

E então o que será?

Precisará andar ao que te opõe

Se limitará a silenciar

Nada falarás

E pegarás o que será.


Léo Amorim

Infinito


Faz um Silencio Ensudercedor em minha testa

E eis que eu Começo A repetir seu nome

Para Prencheer de Vazio Meu corpo,

Uso como entorpecente

E a via para Percorrer o Infinito

Quem sabe?

Não desentope minha mente

De Sintomas Fúteis,

Quando chegar neste lugar esquisito

Espero Encontrar algo sem Sentido

Que não Condiz com Minha Vontade

Um Paradoxo enfim, entre amor e amizade

Ahhh! Amizade, Amizade, Amizade

Seu nome, O amor, a Amizade....

Minha Testa, Meu corpo, O vazio...

Perdeu o Sentido?

Já estou no Infinito?


Léo Amorim

Risos de uma Piada sem graça


Risos de uma Piada sem graça

Lágrimas por uma tristeza criada

Caindo por nada

E assim foram todos os seus dias

Sem alma para talhar palavras vazias.


Léo Amorim

Desdenho



As vezes nos damos uma decaída
Algo que se abre como uma ferida
O inconveniente é não saber de onde vem
Se é a timidez dos olhos de alguém
Ou uma verdade desmentida com desdém
Força do que há em nada
que anda sempre desocupada
Não se ocupa em nossa cabeça
E faz isso de forma tão desdenhada
Nos deixando pensar apenas em um fragmento de tudo
Que nos mantém Preocupados repetidas vezes no absurdo
Cavando mais a tal ferida e aumentando a decaída
Por isso pare e saia da sua vida foragida
E do tudo? Passe a desdenhar
Pois assim terá nada e sumirá

Léo Amorim

23 de jun. de 2009

Cores



Na união de cores vivas

Todas elas parecem desprevinidas

Mas atraem o primeiro bobo que passa

Não se contem e segue toda aquela massa

Algo maior que a liberdade buscada a cada dia

Atrai, constroi, envolve e prende o olho curioso nervoso

Pode não trazer paz, calma mas olha o que há de alegria

E é tal felicidade que revigora qualquer idade

Pela graça que a tal cor traz

Os risos farão a paz


Léo Amorim

21 de jun. de 2009

Quando você pára




Quando você pára,

Você não pára mais de parar

Se deposita em tudo e em si

Continua estático de chorar

Há de se erguer sobre ti

Roubar sua própria alma

Desempoeirar teu fôlego

Se preciso bata palma

Mas recomece a andar

A se reerguer sem parar,

Sem parar para parar


Léo Amorim